Entre os fidalgos que acompanharam Martim Afonso de Sousa na fundação do povoado de São Vicente, em 1532, Brás Cubas foi um dos mais bem sucedidos. Sua plantação de cana-de-açúcar encontrou terra e clima favoráveis na região nordeste da ilha de São Vicente, onde se fixou com a família e os agregados.
Em 1535, as terras ocupadas por Brás Cubas formavam um núcleo à parte dentro da ilha; mas o ano em que foi construída a Santa Casa de Misericórdia de Todos os Santos (1543) marcou oficialmente a fundação do povoado, conhecido apenas como Porto. Brás Cubas, em 1545 assume o cargo de Capitão-Mór. O nome definitivo, que daí se originou, surgiu em 1546, com a elevação à categoria de vila reconhecida por Carta Régia.
Através do porto, a vila recebia mercadorias de Portugal e enviava à metrópole os pães-de-açúcar produzidos no Engenho do Governador (depois chamado Engenho de São Jorge dos Erasmos). Vários outros engenhos estabeleceram-se com o passar dos anos em Santo Amaro, região continental limítrofe à ilha de São Vicente.
Embora pouco movimentado, o porto tornou-se o coração de Santos, enquanto São Vicente entrava numa fase de declínio. O café foi, sem dúvida, o grande responsável pelo desenvolvimento das instalações portuárias e pelo progresso santista.
A estagnação de mais de duzentos anos foi superada com a construção dos canais sanitários e da estrada de ferro que ligou o porto ao continente. A 26 de janeiro de 1839,Santos passou à categoria de cidade. No ano de 1969 a autonomia política do município foi cassada, recuperando-a no dia 02 de agosto de 1983.
Engenho de São Jorge dos Erasmos Porto de Santos